Escrevo com letras de água
sobre um silêncio de areia
meus navios são gestos tão claros
que todos os portos me reconhecem no vento
A mim não basta semear poemas
quero ver os poemas plantados
semeando novos poemas nos olhos
a cada momento...
Com calmas mãos eu distribuo meu gesto
como se o mundo todo coubesse num abraço
e como se todo mundo soubesse o que faço
ando tranqüilo como um dia claro e sem vento
Eu preencho o vão de minhas palavras
com silêncios nítidos e não raro
encontro no chão de minha casa
um tesouro que é simples e espalho-o.
Minha casa é só portas e janelas
e não se fecham nunca
e nem se fecham meus olhos
deixo de ver as paisagens.
Recomeço meu andar
e reconheço as árvores não pelo nome que elas têm
mas pelo dançar
de cada uma delas no vento...
Maravilhoso!!!!
ResponderExcluirEmoção veio aos olhos, em cada palavra desse poema! Senti pedaços de minha alma nele!
Um beijo amigo!
Paz e Luz sempre!