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domingo, 18 de outubro de 2009

O baú dos sonhos perdidos e vividos





Aprendi com o tempo
devagar, dolorosamente às vezes,
que é preciso
ter as mãos abertas para os encontros, o sorriso simples e
a vontade redescoberta
a cada manhã.
Aprendi muitas coisas,
me tiraram outras tantas...
Nem por isso
me perdi ou me esquivei,
não me escondi  do abraço,
mesmo quando inesperado.
Não cicatrizei em mim
as lágrimas,
deixei-as, vir,ir e fluir
como águas que são...
Tive medo muitas vezes,
muitas vezes disse palavras ásperas
que feriram alguém, muitas vezes
fui eu que as ouvi...
Mas não fui indiferente à vida,
experimentei acreditar nas verdades
que construíram meu ser, e ainda constroem,
procurei compreender as pessoas,
tentei compartilhar, tentei não negar,
busquei respeitar   as verdades
que cada ser traz em si.
Talvez não tenha feito o suficiente
e esquecido tantas coisas...
Mas até onde sei, fui eu mesmo
o tempo todo, mesmo que mudando constantemente
as maneiras de ser eu mesmo...
Mas continuei, senti, deixei-me, triste ou alegre,
como as estações que partem,
se distanciam e se refazem.
E quando me vejo
não é com um olhar cansado
de tudo o que passou,
nem com a dor
dos sonhos acabados,
pois um pouco daquilo tudo
que não me foi permitido
sem saber eu já havia
conquistado.

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