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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Danças...


Flores beijando beija-flores com seus lábios de cores, pétalas, de perfumes diversos e intensos néctares. Dançam cabelos, dançam árvores com o vento com quem dança a tarde,com tudo o que são asas voam as horas assim dançadas. E o sol gira só no giro fundo detrás do azul que vai ficando escuro, no escurecer do mundo vão abrindo os olhos, estrelas, e ressurgindo lendas sobre os caminhos andados, sobre os caminhos vários não raro surge, uma sombra, andando sob a lua lenta que se alevanta e tanta luz inventa nesse andar sem nome que sem pressa fica o solitário passo. Alguma ave atrasada passa, algum passar de tempo e quase nada passa sem que o tempo note e não anote o rastro. Sobe poeira desce o sono, nesse ir sem vir dos passos perde-se a sombra, some-se o rumo, o chapéu da noite é grande e debaixo dele vai dormindo o mundo. São só silêncios que vão viajando agora, viajando vão embora todas as palavras, todas as palavras vão ficando quietas e sem que se perceba quando, tudo, o que agora ficou mudo, ficou também mudado, e muito. Uma estrada longa, uma casa em algum lugar plantada escuta as sementes respirando na terra escura, a terra, estuda, o erguer das árvores, o deitar das águas plantadas pelas nuvens muitas, outro vento vem, vem de outro jeito o vento, de tal jeito vem o vento vencendo distancias que nada mais que não seja vento, vence. Nos areais não mais sinais, das casas nem dos matagais, resvalam os mareais sobre telhados e dos barcos mastros apenas mostram as pontas,montanhas olham olhadas de mais alto ainda por céus profundos e inimagináveis mundos...

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