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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Dança das árvores

Escrevo com letras de água
sobre um silêncio de areia
meus navios são gestos tão claros
que todos os portos me reconhecem no vento
A mim não basta semear poemas
quero ver os poemas plantados
semeando novos poemas nos olhos
a cada momento...
Com calmas mãos eu distribuo meu gesto
como se o mundo todo coubesse num abraço
e como se todo mundo soubesse o que faço
ando tranqüilo como um dia claro e sem vento
Eu preencho o vão de minhas palavras
com silêncios nítidos e não raro
encontro no chão de minha casa
um tesouro que é simples e espalho-o.
Minha casa é só portas e janelas
e não se fecham nunca
e nem se fecham meus olhos
deixo de ver as paisagens.
Recomeço meu andar
e reconheço as árvores não pelo nome que elas têm
mas pelo dançar
de cada uma delas no vento...

Um comentário:

  1. Maravilhoso!!!!

    Emoção veio aos olhos, em cada palavra desse poema! Senti pedaços de minha alma nele!
    Um beijo amigo!
    Paz e Luz sempre!

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