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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Voz

Eu procuro a voz que fala
aonde eu sou só silencio
aonde eu sou só dúvida
ela é toda renascimento.

Eu procuro o gesto que inaugura o dia
com a claridade da estrela
que há por dentro
do olhar mais simples, mais verdadeiro.

Eu colho as manhãs com mãos silenciosas e vazias
porque aquilo em que há mais leveza
é o que me acolhe
mais livremente.

E eu nada perco...
Do caminho que sigo
tenho em mim só o que preciso:
meu enternecimento mais puro,
minha palavra e silencio
e entre os dias e as noites
sempre e sempre
um começo.

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