Barco Santiago
Às vezes
meu silencio senta na
ponta do cais de madeira
e fica tecendo
palavras e redes de lembranças
como se tecesse o
tempo...
Despreocupadamente
escrevo nomes nas
águas
e rebatizo os barcos
e de cada estrela
desce um fio
invisível que pesca um poema.
Não te disse nunca?!
Meu olhar tem dedos,
de vento, de chuva, de claridade
e de momentos
indizíveis
nasce este momento.
Às vezes
um barco esquece de
voltar
uma estrela esquece
de acordar
e vem à tona na noite
esta ilha que é este poema.
Espero em paz
sem saber o que
espero
sem medo, apenas
quero, apenas, olhar assim
o mar,
o mar em tudo o que
vejo!!
Um barco chamado
Santiago, no vento
navega
entre estrelas e
montanhas,
tem a cor das
alvoradas e tem remos
de nuvens, enquanto
navega, esculpe
nas águas e no tempo
temporários rumos de
palavras e silêncios.
O mar é tudo o que eu
vejo!!
Santiago Bernardes, o que há de eloquência nesses teus silêncios, como que a pedir licença de serem vistos...Fico encantada com essa tua existência marcada pela dupla silêncio tempo. è bem o retrato do que vemos em ti quando abres a janela da tua alma num sorriso sem fronteiras, sem cortinas, sem limites..Preciso de um tempo para estudar melhor Palavrandando e sugerir o tema para uma possível tese de mestrado para uma possível decifradora de sorrisos.Adoro dar uma de Santo António...Muita luz!
ResponderExcluirLindo Santiago.Seu poema é simplesmente
ResponderExcluirarrebatador.
Abraço.
Waleska Frota-Fortaleza-Ce.